Motos elétricas: tudo o que você precisa saber sobre elas

Em matéria do futuro do transporte, cada vez é mais claro que elétricos não é uma questão de se, mas quando. Carros elétricos são do que todo mundo fala, e dos desafios de vencer a resistência do público e instalar uma rede de infraestrutura capaz de suportar essa transição. Mas por que não falar em motos elétricas?

Com motos, a revolução já está aí. Elas carregam na tomada de casa e estão invadindo o mercado de forma meio caótica, o que confunde o consumidor. Por isso fizemos este guia, para quem quer comprar ou só saber mais.

A seguir, tudo o que você precisa saber sobre motos elétricas.

Tabela de conteúdos

  • Como funcionam as motos elétricas?
    • Vantagens de motos elétricas:
    • Desvantagens de motos elétricas
  • O mercado de motos elétricas no Brasil e no mundo
  • O que a legislação brasileira diz sobre as motos elétricas?
    • Como a lei define uma e-bike
    • Como a lei define um equipamento de mobilidade individual autopropelido
    • Como a lei define um ciclomotor
    • Como a lei define motocicletas e motonetas
    • O que faz com que uma moto elétrica seja apreendidas
  • As principais marcas que produzem motos elétricas atualmente
  • Os principais modelos de motos elétricas à venda no Brasil
    • Volts EVS
    • Volts EV1 Sport
    • Aima Xiao Qing
    • Aima M3ZU
    • Aima Tiger S5
    • Muuv Custom L
    • Muuv Beach 6 S
    • Muuv Chopper SE
    • Shineray SE1 lítio
    • Shineray SE1 chumbo
    • Shineray SE2
    • Super Soco CUX
    • Super Soco TC
  • Motos elétricas para crianças
  • Dúvidas sobre motos elétricas
    • 1. Precisa CNH para usar moto elétrica?
    • 2. Mas o anúncio da scooter elétrica diz que não precisa CNH
    • 3. Posso emplacar minha moto elétrica?
    • 4. Quais são as motos elétricas mais baratas?
      • A scooter elétrica mais barata do Brasil
      • A motocicleta elétrica mais barata do Brasil
      • O ciclomotor elétrico mais barato do Brasil
    • 5. Qual a velocidade de uma moto elétrica?
    • 7. Qual a autonomia de uma moto elétrica?
    • 8. Como carregar uma moto elétrica?

Como funcionam as motos elétricas?

Uma moto elétrica tem, obviamente, um motor elétrico no lugar de um motor a combustão interna, e baterias (quase sempre íon-lítio ou chumbo) no lugar de tanques. Elas vêm nos dois estilos clássicos: motocicleta e scooter. Há mais raros triciclos e triciclos invertidos, que são classificados da mesma forma pela lei brasileira. Para os propósitos desta matéria, como para a lei brasileira, é tudo moto elétrica.

Scooters são as “lambretas”: elas não possuem o quadro central sobre o qual pessoa vai montada, mas uma barra ou plataforma para os pés, e a pessoa se senta como numa cadeira, com as pernas juntas. “Scooter” em inglês também é sinônimo para patinete ou para os veículos de mobilidade em supermercados: o termo mais exato em inglês é “moto scooter”, que é o melhor jeito de pesquisar tanto em inglês quanto em português.

Em motos elétricas estilo scooter, o motor costuma ficar diretamente acoplado à roda traseira, dispensando corrente, e as baterias ficam na plataforma.

Motocicletas elétricas são aquelas nas quais o condutor vai montado, com as pernas em volta, como numa bicicleta ou cavalo. O motor geralmente fica na parte inferior do quadro, com transmissão por corrente, com o resto do quadro ocupado por baterias. O “tanque” pode conter outros equipamentos elétricos, serve de compartimento de carga (como um porta-luvas), ou é meramente decorativo.

Há uma enorme variedade de preços, tamanhos e potências em motos elétricas. Ainda que motores elétricos sejam praticamente “mudos” eles são muito mais potentes em relação a seu tamanho e consumo que motores a combustão interna, e também entregam seu potencial mais rápido, com mais aceleração. Uma moto elétrica pode ser muito mais, digamos, arisca que uma moto convencional, e pode fazer isso sendo barata.

Mas, pela limitação do tamanho das baterias, ainda são muito grandes e pesadas, modelos à venda são na sua maioria modestos, urbanos e utilitários. Mesmo as mais potentes, como a Harley Davidson Live Wire, que faz de 0 a 97km/h em 3 segundos e vai a 183 km/h, não conseguem ser muito estradeiras: seu alcance é limitado a 235 km.

Vantagens de motos elétricas:

  • O valor do “combustível” é ínfimo comparado a uma convencional. Literalmente pode custar menos de R$ 1 por mês em eletricidade. .
  • A manutenção é também mínima: motores elétricos não têm válvulas, injeção, cabeçotes, escapamento etc. São muito menos partes móveis para estragar.
  • Não emitem gases-estufa. Qualquer veículo elétrico é tão bom ou ruim para o ambiente quanto a fonte de eletricidade com que é carregado. Se for uma usina eólica, solar ou nuclear – energia limpa –, não há emissões. Se for uma termoelétrica a diesel, não é muito melhor que usar um motor a diesel. Mas ainda é um pouco melhor: motores grandes, como de usinas termelétricas, são mais eficientes que pequenos em aproveitar seus combustíveis fósseis. Etanol e hidroelétricas também não emitem gases estufa, mas seu status “limpo” depende de não causarem destruição indireta ao derrubarem florestas para plantar ou alagar.
  • Não emitem poluentes locais. Mesmo se a matriz é suja, a cidade fica mais limpa com motores elétricos, já que a usina fica longe.
  • São silenciosas. Motores elétricos tem um ruído quase nulo em comparação com motores à combustão interna. Alguns motoristas preferem o rugido ancestral dos motores, mas motor barulhento deve ser arquivado na mesma gaveta da nostalgia que trens a vapor.

Desvantagens de motos elétricas

  • São mais caras: ainda que a diferença entre motos elétricas e motos convencionais seja menor que a entre os carros em valores absolutos, ainda custam mais que um modelo equivalente; como essa diferença é menor, em valores absolutos, isso acaba recuperado no que é economizado em combustível e manutenção;
  • Autonomia: carros elétricos podem hoje ter maior autonomia que carros convencionais; isto é, sua bateria dura mais que um tanque cheio. Para motos, que não tem espaço para tanta bateria, ainda não chegamos lá. Isso significa que motos elétricas podem não ser viáveis em longas viagens.
  • Quase não há motos elétricas híbridas: em carros, a falta infraestrutura de carregamento pode ser contornada por um híbrido plug-in (PHEV). Ele tem pouca bateria, mas o suficiente para andar na cidade e carregar em pouco tempo, e pode usar combustível para viagens. Essa opção ainda está no conceito.

O mercado de motos elétricas no Brasil e no mundo

Motos elétricas avançam mais rápidos que carros elétricos. Segundo a Quince Market Insights, a produção de motos elétricas (incluindo scooters) deve ter saltado de 861 mil para 1,14 milhão em 2021, e deve crescer 31,8% ao ano (de forma composta, em relação ao ano anterior) até 2030. Em 2027, cerca de 6 milhões unidades estarão sendo produzidas por ano – seis vezes o número de motos licenciadas no Brasil em 2020. O Brasil não tem estatísticas sobre o tema.

O que a legislação brasileira diz sobre as motos elétricas?

A lei máxima do trânsito brasileiro é a Lei nº 9.503 de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Nenhum órgão local pode decidir algo contrário a ela. Essa lei foi modificada por múltiplas novas decisões depois de promulgado, e a versão que colocamos acima é a com essas emendas.

Esse código define três categorias relevantes para o que vamos falar, em seu Anexo I:

MOTOCICLETA – veículo automotor de duas rodas, com ou sem side-car, dirigido por condutor em posição montada.

MOTONETA – veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em posição sentada.

CICLOMOTOR – veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol (três polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta quilômetros por hora).

Código de Trânsito Brasileiro, Anexo I

Triciclos não são definidos no Anexo I, mas reconhecidos oficialmente no Art. 96, que descreve todos os veículos reconhecidos no Brasil. Para conduzir motocicleta, motoneta ou triciclo, que não sejam classificados como ciclomotores, o condutor precisa de Carteira Nacional de Habilitação categoria A.

A parte que complica é que não há um limite inferior nessa lei para o que é ciclomotor. Há uma cessão dessa autoridade para o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nesse quesito.

Art. 134.A: O Contran especificará as bicicletas motorizadas e equiparados não sujeitos ao registro, ao licenciamento e ao emplacamento para circulação nas vias.

Código de Trânsito Brasileiro

Na prática, e-bikes, hoverboards e patinetes são essas exceções definidas pelo Contran, e podem atuar sem habilitação por conta disso. E o Contran pode mudar de ideia e determinar que scooters elétricos andem em ciclovias – mas não fez isso.

Como a lei define uma e-bike

E-bikes foram primeiro definidas na lei em 2009, pela Resolução 315 do Contran, que equiparava elas a ciclomotores (que, na redação original do Código de Trânsito Brasileiro, só considerava motores a combustão interna. Essa situação foi modificada pela Resolução 465, que diz que, como na 313, uma bicicleta elétrica é equivalente a um ciclomotor com uma exceção:

§ 3º Fica excepcionalizada da equiparação prevista no caput deste artigo a bicicleta
dotada originalmente de motor elétrico auxiliar, bem como aquela que tiver o dispositivo
motriz agregado posteriormente à sua estrutura, sendo permitida a sua circulação em
ciclovias e ciclo faixas, atendidas as seguintes condições:

I – com potência nominal máxima de até 350 Watts;
II – velocidade máxima de 25 km/h;
III – serem dotadas de sistema que garanta o funcionamento do motor somente
quando o condutor pedalar;
IV – não dispor de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de
potência;
V – estarem dotadas de:
a) indicador de velocidade;
b) campainha;
c) sinalização noturna dianteira, traseira e lateral;
d) espelhos retrovisores em ambos os lados;
e) pneus em condições mínimas de segurança.
VI – uso obrigatório de capacete de ciclista.

Resolução 465 do Contran

Traduzindo: uma e-bike pode ter no máximo 350 watts de potência no motor, velocidade máxima de 25 km/h e não pode ter acelerador: somente o pedal pode ser usado para controlar a velocidade, sem acelerador. Essa é, pelo Código de Trânsito Brasileiro, uma mera bicicleta: pode dirigir na calçada e na ciclovia, não no trânsito, e não exige placa ou habilitação.

Se um veículo escapa de qualquer forma a essas definições, é considerado um ciclomotor. Exceto se for um equipamento de mobilidade individual autopropelido.

Como a lei define um equipamento de mobilidade individual autopropelido

Essa é a parte que mais causa problemas. A definição de equipamento de mobilidade individual autopropelido está junto com a da e-bike, na resolução 465 do Contran.

§ 2º Fica excepcionalizado da equiparação prevista no caput deste artigo os
equipamentos de mobilidade individual autopropelidos, sendo permitida sua circulação
somente em áreas de circulação de pedestres, ciclovias e ciclo faixas, atendidas as seguintes
condições:
I – velocidade máxima de 6 km/h em áreas de circulação de pedestres;
II – velocidade máxima de 20 km/h em ciclovias e ciclo faixas;
III – uso de indicador de velocidade, campainha e sinalização noturna, dianteira,
traseira e lateral, incorporados ao equipamento;
IV – dimensões de largura e comprimento iguais ou inferiores às de uma cadeira de
rodas, especificadas pela Norma Brasileira NBR 9050/2004.

Resolução 465 do Contran

Não há nenhuma menção a potência ou formato nisso, mas o tamanho deve ser inferior a uma cadeira de rodas, conforme definido na norma 9050 da ABNT, que define a cadeira de rodas com no máximo 0,70 cm de largura, 0, 925 cm de altura e 1,15 m de comprimento.

Norma 9050 da ABNT

É meio esdrúxulo comparar o tamanho de uma scooter ou motocicleta com cadeira de rodas. Que moto elétrica tem menos de 1,15 de comprimento? Até patinetes são mais altos que isso.

Mas seriam as grandes scooters com motores de bem mais de 350 W, mais de 25 km/h, sem pedais, definidas numa categoria inferior às e-bikes? Não tem lógica, e aí entre o arbítrio. É o guarda da esquina ou leis locais que decidem se você está, afinal, num equipamento de mobilidade individual autopropelido ou num ciclomotor.

E assim você pode acabar levando uma multa grave e perdendo seu veículo.

Por segurança, é melhor considerar que apenas patinetes pequenos, hoverboards, monociclos, veículos de auxílio a pessoas com problemas de mobilidade, como os que circulam dentro de supermercados, são equipamentos de mobilidade individual autopropelidos.

Como a lei define um ciclomotor

A definição de ciclomotor está na Lei 9.503 (Código de Trânsito), alterada por várias portarias desde sua promulgação em 23 de setembro de 1997. Um ciclomotor elétrico é um veículo com potência máxima de 4 kW e velocidade máxima limitada a 50 km/h. A forma não importa, se parece motocicleta, scooter, patinete, triciclo ou bicilcleta: qualquer veículo abaixo dessa potência, e que não atenda às exceções na resolução 465 do Contran é ciclomotor.

Um ciclomotor deve ter emplacamento, paga IPVA, e exige uma CNH categoria A ou autorização para condução de ciclomotor (AAC) para ser conduzido. Não pode dirigir em estradas ou vias expressas, e deve tentar sempre se manter à direita no trânsito. Não podem ser dirigidas em ciclovias ou calçadas, acarretando infração grave.

Como a lei define motocicletas e motonetas

Acima dessas limitações, em velocidade ou potência, é motoneta ou moto: só com carteira A.

Motoneta é como o governo se refere a scooters, e não há diferença, exceto no nome, sobre como a lei considera essas e motocicletas ou triciclos. Essas formas de motos elétricas são equivalentes, para todos os fins, entre si e às com motores a combustão interna. E exigem carteira A para dirigir, emplacamento, tudo.

Essas seguem as mesmas regras de carros. Podem usar qualquer via, dentro do trânsito, ocupando o espaço de um carro, e não podem ser conduzidas em ciclovias ou calçadas, acarretando infração grave.

O que faz com que uma moto elétrica seja apreendidas

Esta é a parte mais importante para quem vai comprar: muito cuidado. No Brasil, estão sendo vendidas motos que são tecnicamente ilegais. Via de regra, considere que, se algo parece uma motocicleta ou scooter, e não seja obviamente infantil, exige habilitação e emplacamento.

Para quem veículo possa receber emplacamento, ele precisa ser registrado no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), e, para isso, precisa ter modelo e fabricantes reconhecidos e homologados. O que está acontecendo é que vários desses veículos, importados ou montados por pequenos fabricantes, não são homologados e, tecnicamente, não podem andar em lugar nenhum.

Não podem andar na rua, porque não têm placa, e não podem andar nas calçadas e ciclovias, porque não são e-bikes e são maiores que uma cadeira de rodas.

Como tanto veículo assim por aí, quem acaba definindo se algo é ou não um ciclomotor, acaba sendo o proverbial guarda da esquina.

Por via das dúvidas: se quer algo pra ir para o trabalho que não é um patinete pequeno, hoverboard, monociclo ou e-bike, algo que pareça uma scooter ou moto elétrica, prefira emplacamento e tenha sua CNH ou Autorização de Condução de Ciclomotores Se não, você corre o risco de ter problemas com a lei.

As principais marcas que produzem motos elétricas atualmente

Honda, Yamaha e até a Harley Davidson fazem motos elétricas lá fora. Nenhuma, até agora, se interessou em trazer para o Brasil. Na ausência delas, o mercado é dominado por alguns nomes próprios e uma multidão de veículos idênticos produzidos por múltiplas marcas diferentes (não é impressão sua).

Entres os players com modelos próprios, a Voltz é uma marca brasileira que faz questão de dizer que seus modelos podem ser emplacados. Três chinesas – Shineray, Aima e Super Soco – produzem motos completas em modelos originais e emplacáveis.

Fora essas, há uma multidão de marcas vendendo basicamente a mesma coisa: scooters idênticos em tudo menos o nome do fabricante, e que podem cair nessa zona cinzenta da legislação: são tecnicamente ciclomotores, mas não têm cadastro para fazerem emplacamento, e podem acabar gerando problemas ao motorista.

Os principais modelos de motos elétricas à venda no Brasil

Esta é uma seleção com modelos mais procurados pelo público brasileiro.

Volts EVS

Moto elétrica brasileira para uso urbano, emplacável, tem 7 opções de cores, e vem em opções com uma ou duas baterias. A com duas tem maior alcance e é mais cara.

Categoria CNH A – motocicleta
Potência do motor 3.000 W (7.000 W pico)
Velocidade máxima 120 km/h
Autonomia 120 km / 180 km
Tempo de recarga 5 h
Peso 132 kg / 147 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 80 x 134 x 198 cm
Preço R$ 19.990 / R$ 24.490

Volts EV1 Sport

Scooter urbano nacional com características competitivas. Disponível em duas categorias, a mais cara com bateria dupla e maior alcance.

Categoria CNH A – motoneta
Potência do motor 3.000 W (4.500 W pico)
Velocidade máxima 75 km/h
Autonomia 100 km / 180 km
Tempo de recarga 5 h
Peso 120 kg / 133 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 80 x 130 x 180 cm
Preço R$ 14.990 / R$ 18.790

Aima Xiao Qing

Os motores das motos Aima possuem composição da tecnologia chinesa com a engenharia alemã.

Categoria CNH AAC – ciclomotor
Potência do motor 1.500 W
Velocidade máxima 50 km/h
Autonomia 80 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 120 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 60 x 112 x 192 cm
Preço R$ 10.533

Aima M3ZU

Simpático scooter ciclomotor sem muita potência, mas bom para uso urbano e muito barato.

Categoria CNH AAC – ciclomotor
Potência do motor 800 W
Velocidade máxima 45 km/h
Autonomia 80 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 100 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 58 x 108 x 173 cm
Preço R$ 9.716

Aima Tiger S5

Aima Tiger X6

Modelo intermediário da marca, é mais competente em subidas que a M3ZU.

Categoria CNH AAC – ciclomotor
Potência do motor 1200 W
Velocidade máxima 50 km/h
Autonomia 75 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 100 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 71 x 103 x 180 cm
Preço

Muuv Custom L

Custom L

Scooter com bastante espaço para as pernas, num estilo que têm múltiplas marcas, é feito e homologado por uma marca brasileira. A recomendação do fabricante (com algumas informações desencontradas) é emplacar.

Categoria CNH AAC – ciclomotor
Potência do motor 2.000 W
Velocidade máxima 45 km/h
Autonomia 45 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 70 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 38 x 80 x 198 cm
Preço R$ 15.498

Muuv Beach 6 S

Versão mais em conta da marca, é mais simples e com menos cara de moto, mas com configurações similares, se menos potentes.

Categoria CNH AAC – ciclomotor
Potência do motor 1.500 W
Velocidade máxima 45 km/h
Autonomia 45 km
Tempo de recarga 8h
Peso 70 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 38 x 80 x 198 cm
Preço R$ 10.406

Muuv Chopper SE

Muuv Chopper SE

Essa é para quem curte algo que parece mais com moto; usa mesma base que os scooters da marca, mas ultrapassa a categoria ciclomotor.

Categoria CNH A – motocicleta
Potência do motor 2.000 W
Velocidade máxima 60 km/h
Autonomia 40 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 70 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 93,5 x 138 x 201 cm
Preço R$ 17.493

Shineray SE1 lítio

Shineray SE1 Lítio

Lítio ou chumbo, as duas scooters da Shineray tem características similares. A de lítio, que usa uma tecnologia mais moderna, é maior, mais cara, e muito mais leve.

Categoria CNH A – motoneta
Potência do motor 2.000 W
Velocidade máxima 60 km/h
Autonomia 60 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 86 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 70 x 114 x 196 cm
Preço R$ 13.490

Shineray SE1 chumbo

Shineray SE1 Chumbo

Algumas características do modelo mais barato, com bateria de chumbo, são na verdade mais atraentes que o a lítio, mas a diferença de peso é extrema e a recarga é mais demorada.

Categoria CNH A – motoneta
Potência do motor 2.000 W
Velocidade máxima 60 km/h
Autonomia 80 km
Tempo de recarga 10 h
Peso 123 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 71 x 109,8 x 182 cm
Preço R$ 10.990

Shineray SE2

Shineray SE2

Bastante similar à S1 lítio, inclusive com o mesmo preço, mas mais compacta e com outro design.

Categoria CNH A – motoneta
Potência do motor 2.300 W
Velocidade máxima 60 km/h
Autonomia 60 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 84 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 67 x 113 x 185 cm
Preço R$ 13.490

Super Soco CUX

Cara e firme, tem uma versão com design inspirado na Ducati (mas é da montadora chinesa e tem as mesmas especificações).

Categoria CNH A – motoneta
Potência do motor 2.800 W
Velocidade máxima 75 km/h
Autonomia 70 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 70 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 72,7 x 108,7 x 178,2 cm
Preço R$ 24.900

Super Soco TC

Super Soco TC

Definitivamente entrando na categoria motocicleta, vai melhor em design que desempenho e preço, comparada com a Voltz.

Categoria CNH A
Potência do motor 3.000 W
Velocidade máxima 75 km/h
Autonomia 100 km
Tempo de recarga 8 h
Peso 84 kg
Dimensões (largura, altura, comprimento) 71 x 109,8 x 192,4 cm
Preço R$ 26.069

Motos elétricas para crianças

Motos elétricas para crianças variam bastante de preço, e as mais caras podem concorrer com patinetes para adultos, beirando os ciclomotores. É importante frisar aqui que é um brinquedo, não um veículo urbano, nem para ser usado em ciclovia e calçada.

Apesar de, antigamente, ciclomotores serem relacionados à infância e adolescência, somente maiores de 18 anos podem tirar habilitação. Então o ideal para crianças e adolescentes que querem se locomover pela cidade são e-bikes.

Dúvidas sobre motos elétricas

1. Precisa CNH para usar moto elétrica?

Sim. Motos com menos de 4 kW são consideradas equivalentes a ciclomotores e exigem ou carteira A ou AAC (autorização para condução de ciclomotor). Apenas patinetes pequenos, monociclos, hoverboards e e-bikes com pedal podem ser conduzidos sem carteira. Qualquer coisa que possa ir a mais de 25 km/h exige carteira.

2. Mas o anúncio da scooter elétrica diz que não precisa CNH

Não confunda não estar registrado na base do Detran, e portanto não poder ter emplacamento, com isso ser legal. Na prática, muitos veículos vendidos mesmo em lojas tradicionais estão em situação irregular no Brasil, e podem acabar apreendidos e o motorista tomar pesadas multas. Vai de cidade e cidade, e o humor do policial. Blitzes são um jeito quase certeiro de perdê-las. Aguarda-se uma solução legal para veículos de porte pequeno demais para a rua, mas grandes demais para a calçada. Mas a solução mais provável será exigir autorização para ciclomotores, então tire a sua.

3. Posso emplacar minha moto elétrica?

Pode e deve. Qualquer veículo que exige CNH exige também placa, e muitas motos elétricas já estão cadastradas e legalizadas com as autoridades brasileiras. Pesquise sobre a possibilidade de emplacamento antes de comprar.

4. Quais são as motos elétricas mais baratas?

Decidimos excluir desta pesquisa veículos que obviamente seriam classificados como ciclomotores, mas cujo fabricante afirma não necessitar CNH. Também desconsideramos importações via AliExpress, que podem cair em vários tipos de problemas além da falta de emplacamento.

Atendendo a todas essas especificações – isto é, não recomendar algo que você pode ver confiscado – essas são as opções. Caso você saiba de alguma mais barata, é só entrar em contato.

A scooter elétrica mais barata do Brasil

Shineray SE1 Chumbo: O chumbo se refere à bateria. No limite entre ciclomotor e scooter, vai apenas a 60 km/h, o que pode complicar na estrada. Mas, a R$ 10.990, é mais barata que muitos veículos categoria AAC ou mesmo importados sem licença.

A motocicleta elétrica mais barata do Brasil

Volts EVS: quando você entra em categorias de motos com cara de moto, o preço basicamente dobra. Chegando a 120 km/h, a EVS é uma motinha respeitável. O desempenho é similar ao de uma moto de 160 cilindradas, como a popular Honda CG 160, a mais vendida do Brasil. Não chega a ser estradeira: a autonomia de 180 km, no modelo com duas baterias, pode ser o suficiente para uma viagem como de São Paulo ao Litoral, mas não para visitar outras capitais. O preço não é muito animador. Daria para comprar um modelo mais potente de 250 cilindradas pelos R$ 19.990 pedidos – lembre-se porém do valor recuperado em economia de combustível.

O ciclomotor elétrico mais barato do Brasil

Aima M3ZU: a menos de R$ 10 mil (R$ 9.716 no anúncio mais barato), está numa faixa parecida com os veículos problemáticos que “não exigem habilitação”, e o design em particular é bastante atraente.

5. Qual a velocidade de uma moto elétrica?

455 km/h. Sério, essa é a velocidade da moto elétrica mais rápida do mundo. Motores elétricos são muito mais potentes que os convencionais, se você considera o peso e volume deles versus força produzida. A única coisa que faz com que motos elétricas, em média, não sejam tão rápidas, é a limitação da autonomia por conta da bateria. Do que tem para vender no Brasil, ciclomotores tem a limitação legal de 50 km/h, modelos de uso exclusivamente urbano ficam por volta de 70 km/h, chegando até 100 km/h, motos mais avançadas passam de 140 km/h.

7. Qual a autonomia de uma moto elétrica?

Aqui é que pega. As motos elétricas com mais capacidade de bateria não chegam ainda a 200 km até precisarem recarregar. Para contornar isso, fabricantes oferecem baterias extras, que você deve carregar na viagem. Isso pode tornar viagens mais longas viáveis.

8. Como carregar uma moto elétrica?

Na tomada comum. Alguns modelos são compatíveis com carregamento rápido estilo Tesla, que pode resolver o problema em 20 minutos: o tempo de comer uma coxinha no posto.

 

 

 

 

Fonte: https://olhardigital.com.br/2021/12/16/carros-e-tecnologia/motos-eletricas-guia/