Agência europeia classifica vacina de Oxford como “segura e eficaz” após estudos sobre coágulos

A Agência de Medicina Europeia (EMA) afirmou nesta quinta-feira (18) que a vacina Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca é “segura e eficaz” contra o coronavírus e não tem relação direta com o aparecimento de coágulos em pacientes imunizados.

Ainda segundo a agência, os benefícios da vacina superam seus riscos e, por conta disso, ele deve seguir sendo usado no continente. Porém, os reguladores salientaram que seguirão acompanhando os dados de vacinação para avaliar potenciais riscos.

“Essa é uma vacina segura e eficaz”, declarou Emer Cooke, diretora-geral da EMA, em entrevista coletiva. Cooke também apresentou uma análise dos casos de trombose ocorridos em idosos que receberam a vacina e reforçou a ausência de indícios de que foram causados pela vacina de Oxford.

“O comitê também concluiu que a vacina não está associada ao aumento geral de episódios de tromboembolismo ou de coágulos sanguíneos”, declarou a diretora.

Suspensão da aplicação

Vacinação foi suspensa em uma série de países.

O estudo foi iniciado após uma série de países da União Europeia, puxados pela Áustria, suspenderem a aplicação do imunizante por conta do aparecimento de coágulos sanguíneos em idosos que haviam recebido um ou duas doses da Covishield.

Ao todo, mais de 20 países ao redor do mundo suspenderam a aplicação das doses da vacina por precaução, entre eles, Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Noruega, Portugal e Suécia.

De acordo com a AstraZeneca, mais de 17 milhões de pessoas receberam o imunizante até o dia 14 de março, mas apenas 40 casos de trombose foram relatados, número que estaria abaixo do esperado pela farmacêutica.

Vacina de Oxford no Brasil

Vacinação na Fiocruz

Lote que apresentou problemas na Europa não é utilizado no Brasil. Crédito: ShutterStock

No Brasil, mais de 3 milhões de pessoas já receberam a vacina de Oxford e, até o momento, não houve nenhum caso de efeito colateral grave causado pelo imunizante, que por aqui, é produzido em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em nota divulgada no último dia (15), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que o lote utilizado na Europa e que apresentou estes problemas não é utilizado no Brasil, já que todas as doses aplicadas por aqui são importadas do Instituto Serum, da índia, e não da Europa.

 

 

 

 

Fonte: https://olhardigital.com.br/2021/03/19/coronavirus/vacina-de-oxford-segura-e-eficaz/